“Se alguém quer matar-me de amor
/ Que me mate no Estácio...”. Da relação que o samba e o futebol carregam,
trato, pois, dessa simbiose; de quem partiu, de quem ficou; de quem se
eternizou.
Luiz Carlos dos Santos, nome apadrinhado
pelas terras tupiniquins, comum por essas bandas, mas que alçou um voo
estratosférico quando adotou a/o Melodia, deixando algo belo, que toca alma.
Se traçarmos um paralelo com o nosso destemido futebol, entenderemos que não é só a brutalidade quem determina; a genialidade, bem como o toque de sensibilidade são essenciais. Cada letra, cada gol ou cada grito entoado tanto no show quanto no campo representam a leveza e a suavidade que só a arte pode entregar, e que Melodia sabia bem representar.
Dá fase ruim tira-se lição,
coça-se a cabeça e se pensa pra frente. Na derrota, podemos identificar, se
quisermos, o que realmente está fora do eixo, nos tornamos humildes de novo. Pois
que assim seja com o combalido São Paulo, que sempre ostentou o brilho e a
armadura de um imortal, mas que se vê diante do abismo dos comuns.
De “Congênito”, podemos citar um
verso apropriado, ideal pra hora: Se a gente falasse menos / Talvez
compreendesse mais... pensasse mais, trabalhasse mais. Que ficaria aqui citando
passagens apropriadas horas a fio, mas Melodia não pode ser escanteado pra rua
da amargura, ao contrário, deve ter o nome gravado às paredes do eterno e
cantado aos sete ventos.
Que esses ventos de genialidade
soprados para a música se convertam em novos tempos para a torcida tricolor,
pois a vida não anda fácil e a porta para a queda é logo ali.
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