4 de ago. de 2017

Um pouco de Melodia

“Se alguém quer matar-me de amor / Que me mate no Estácio...”. Da relação que o samba e o futebol carregam, trato, pois, dessa simbiose; de quem partiu, de quem ficou; de quem se eternizou.

Luiz Carlos dos Santos, nome apadrinhado pelas terras tupiniquins, comum por essas bandas, mas que alçou um voo estratosférico quando adotou a/o Melodia, deixando algo belo, que toca alma.

Se traçarmos um paralelo com o nosso destemido futebol, entenderemos que não é só a brutalidade quem determina; a genialidade, bem como o toque de sensibilidade são essenciais. Cada letra, cada gol ou cada grito entoado tanto no show quanto no campo representam a leveza e a suavidade que só a arte pode entregar, e que Melodia sabia bem representar.

Dá fase ruim tira-se lição, coça-se a cabeça e se pensa pra frente. Na derrota, podemos identificar, se quisermos, o que realmente está fora do eixo, nos tornamos humildes de novo. Pois que assim seja com o combalido São Paulo, que sempre ostentou o brilho e a armadura de um imortal, mas que se vê diante do abismo dos comuns.

De “Congênito”, podemos citar um verso apropriado, ideal pra hora: Se a gente falasse menos / Talvez compreendesse mais... pensasse mais, trabalhasse mais. Que ficaria aqui citando passagens apropriadas horas a fio, mas Melodia não pode ser escanteado pra rua da amargura, ao contrário, deve ter o nome gravado às paredes do eterno e cantado aos sete ventos.

Que esses ventos de genialidade soprados para a música se convertam em novos tempos para a torcida tricolor, pois a vida não anda fácil e a porta para a queda é logo ali.


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