22 de fev. de 2017

Equilíbrio


O São Paulo vem apresentando um futebol que há tempos não se via. Compacto (ao menos no que diz respeito ao ataque), eficiente, e, em determinados momentos, empolgante. Precisa achar o equilíbrio, sanar as falhas da parte de trás do campo, bonito por bonito, queremos títulos também.

Com o ataque avassalador, Pratto mostrando à que veio,  Cueva mais a vontade do que nunca, faz do Tricolor um time duro de ser batido, o típico time chato.  O porém existe, sempre existe. Sofremos com a oscilação do sistema defensivo, que conta com ótimos jogadores, mas precisa encontrar seu tempo e seu melhor jogo.

Maicon falha, mas no geral é seguro e competente, R. Caio vem subindo cada dia mais, e traz um espírito de liderança extremamente útil, Buffa e Bruno revezam, mas não agradam, já a lateral esquerda parece ter dono e um futuro promissor. Júnior é daqueles laterais raros, que gostam da bola, sabem como trata-la, a ideia é que tenha cabeça no lugar para evoluir.

 A grande questão, ao menos defensivamente se encontra num único nome: Thiago Mendes. Fica a impressão de que não tem função, já que não é um grande marcador, tão pouco um exímio meia; definitivamente não deixará Pratto na cara do gol com frequência. Jucilei pode suprir essa lacuna e trazer o equilíbrio que a equipe precisa, Araruna tem futuro, mas não se encaixa exatamente no perfil marcador.

Cabe ao nosso capitão rearranjar a casa, organizar os setores pra que o a ataque continue marcando e a defesa segure o ímpeto adversário, pois sofrendo dois gols por jogo, não há Pratto que de jeito e não haverá título pra se comemorar.

20 de fev. de 2017

Desliguem a frigideira!



O torcedor brasileiro é volátil. Não sabe se ri, se chora; se elogia, se critica... Sempre anda de mãos dadas com o imponderável, buscando e dando explicações muitas vezes desconexas, claramente movidas por um sentimento intrínseco à personalidade de um doido varrido pelo esporte mais popular do Brasil.

O caso Maicon é simbólico: com status de possível ídolo, vem sofrendo na mão dos doentes. Colocado em pedestal ante a sua compra, hoje vive do lado oposto da balança. Havia caído no limbo após a eliminação na TL do ano passado, não virou ídolo nem foi execrado (note-se que se fosse um jogador comum, a paciência da torcida teria se esgotado ali mesmo). Hoje corre um sério risco de entrar para o seleto hall de perseguidos pela nossa torcida, hall esse que conta com personagens importantes do nosso futebol, vide Kaká.

Longe de mim querer fazer o advogado do diabo, mas convenhamos, encontrar um “Maicon” hoje em dia é tarefa das mais complicadas. Jogador de boa qualidade e espírito de competição aguçado, forma uma dupla de zaga interessante com R. Caio, de fazer  inveja aos rivais país a fora. Rogério deve falar, não é possível que erros dessa natureza, como o de sábado, comprometam todo um trabalho que vem sendo feito e que pode surtir um bom efeito num futuro não tão distante, mas deve-se enxergar além, utilizar o exemplo de forma positiva. Cobrar sem desgastar, afinal, de Xandões e Lucões já estamos fartos, mas botar Maicon em labaredas não parece das decisões mais sensatas.

Passado o furor das duas primeiras rodadas em nosso campo, provável que na próxima terça feira, diante do São Bento, o pública presente ao jogo caia de maneira vertiginosa, dado à falta de atrativo desse glorioso e esgotado Campeonato Paulista, mas peço aos que comparecerem e, principalmente à internet que não abusem da frigideira; precisaremos desse ótimo zagueiro muito em breve e além do que imaginamos nesse momento.