19 de mai. de 2016

Nome e Sobrenome

A classificação e, principalmente, o crescimento técnico e psíquico do tricolor tem nome e sobrenome: Maicon Bauza.

Sim, isso mesmo que leu. Não estou ficando louco e nem confundindo as bolas. Esses dois personagens deram nova alma ao combalido e deteriorado São Paulo, trouxeram de volta um espírito a tempos perdido e que o torcedor são paulino sentia falta.

Patón trouxe a organização, o estilo competitivo, a serenidade de quem sabe como conquistar e tem paciência para isso. Já Maicon, zagueiro vigoroso, trouxe a gana, a vontade e personalidade ausentes desde a aposentadoria de nosso maior ídolo.

Esse conjunto possibilitou a reabilitação de jogadores que estavam na berlinda, como Michel e Wesley (quem diria), reavivou uma magia a tempos adormecida em PH Ganso e deu certo equilíbrio em nosso sistema defensivo, tão criticado nos últimos tempos.

Claro que não podemos dizer que somos o melhor time da América, longe disso, mas no quesito organização dentro de campo e espírito de luta, temos uma vantagem considerável sobre boa parte dos adversários, afinal, essa combinação, com nome e sobrenome, veio em tempo para trazer novos ares e inspirar novos rumos a esta camisa que vinha sofrendo a ausência de comando e coração, o que hoje, felizmente, não ocorre mais.

Nos resta continuar torcendo, sofrendo e acreditando, um passo de cada vez, e a América é cada vez mais nossa, de novo.

Saudações tricolores!

17 de mai. de 2016

ACREDITAR


O ano era 2013, times escalados da seguinte forma:

Atlético - MG: Victor; Marcos Rocha, Réver, Gilberto Silva e Richarlyson; Pierre, Leandro Donizete (JOSUÉ), R. Gaúcho, Bernard (Luan); Diego Tardelli (Rosinei) e Jô; Téc. Cuca.

São Paulo: R. Ceni; P. Miranda, (Silvinho), Rafael Toloi, Edson Silva e Carleto; Wellington, Denílson (Ademílson), Douglas, Jadson (Maicon) e Ganso; L. Fabiano. Téc. Ney Franco.

Se analisarmos esses dois times, 3 anos depois, fica claro que não tínhamos a menor chance de passarmos pelo futuro campeão daquela edição, porém, se analisarmos hoje, e fizermos o mesmo processo, comparando escalações, nossas chances sobem às alturas. Temos mais time que do último confronto, o Galo não tem a mesma qualidade que possuía, somando-se a isso os desfalques de primeiro escalão que terá em seu meio campo, fazem do tricolor um candidato real a garantir uma vaga à semifinal da Liberta.

Um ponto fundamental, que fará toda a diferença está no banco de reservas. Ney Franco não tinha a capacidade de organização e a tarimba o atual técnico tricolor possui. Bauza pode ser um ponto de desequilíbrio no confronto, sabe como armar o time, gosta desse tipo competição e tem o resultado na mão. Pode fazer com que o Galo tenha problemas para penetrar em nossa zaga.

Outro fator importante será o nível de concentração e capacidade de decisão de PH Ganso, que terá a chance de escrever uma nova história, totalmente diferente daquela contada no mesmo Horto a 3 anos atrás. O atual camisa 10 tricolor carrega a responsabilidade de conduzir a equipe e, mais experiente e vivendo a melhor temporada na equipe, pode criar chances preciosas para que Calleri faça o que todo torcedor são paulino deseja nesse confronto: 1gol.

A sorte está lançada. O time está pronto e chegou a hora de mostrar ao que veio, se fica no grupo dos meninos, ou avança ao grupo dos homens.

14 de mai. de 2016

Brasileirão Tricolor

Vai começar mais um Campeonato Brasileiro, e a grande dúvida que paira na cabeça da nação são paulina é: como entraremos e jogaremos essa competição?

A dúvida é pertinente, mas não há como prever nesse momento como será nossa participação no principal torneio tupiniquim. Temos uma Libertadores de América em andamento, boas possibilidades de avançarmos e, ao que parece, como sempre acontece, dividiremos o Brasileirão em duas partes, quais sejam: participando da Liberta e pós Liberta.

Não é empolgante sabermos que logo de cara iremos com um time todo desfigurado, com figuras que ainda nem estrearam com a camisa da equipe principal, mas é compreensível e nos parece razoável que assim seja. Em caso de eventual classificação para semifinal, porém, a disputa só se iniciaria em Julho, abrindo brecha para uma alteração, mesmo que momentânea, nas nossas prioridades. Além de continuar com o processo de maturação da equipe, seria ideal somarmos o maior número de pontos nesse início.

Em caso de fracasso na competição continental, será necessário juntar os cacos o mais rápido possível caso as pretensões sejam de título. Plantel, com alguns ajustes e contratações pontuais, como um zagueiro para o lugar de Breno, nós temos. Ao que parece, Bauza encontrou um método para motivar e dar equilíbrio ao grupo que tem nas mãos e parece cada vez mais adaptado ao nosso futebol. Fica a torcida para que tenha sucesso nessa nova empreitada.

Aposta do Blog é a de um bom jogo nessa primeira rodada, com a garotada que entrará querendo mostrar serviço. Banguelê tem qualidade para atuar pela equipe principal e Lucas Fernandes, que precisa começar a ter oportunidades tendo em vista uma possível não renovação de contrato de PH Ganso, também tem grande potencial e precisa ser aproveitado.

Que os jogos comecem, que possamos correr atrás de mais um título nacional e que o torcedor do São Paulo faça sua parte nesse início de caminhada rumo ao topo do Brasil.

12 de mai. de 2016

À independência!



Foi como esperado. Difícil, brigado (menos futebol, mais luta), catimbado.

São Paulo e Atlético MG fizeram um duelo plasticamente feio de se assistir, mas esbanjaram disposição e entrega, tendo como resultado a distribuição de DEZ cartões amarelos durante a partida. Destaque-se também a fraca atuação, como de costume, do árbitro da partida, Sr. Wilmar Roldán, que preferiu ignorar uma agressão de Marcos Rocha em Kelvin no início da partida e disparar uma metralhadora de cartões amarelos ao decorrer do jogo.

O técnico Diego Aguirre deixou clara a proposta de amarrar o jogo e tentar carregar ao menos um empate para o horto, colocando seus homens, inclusive Robinho e Pratto, sempre atrás da linha da bola, causando problemas ao tricolor que não conseguia achar brechas para jogadas mais incisivas.

Patón se equivocou ao substituir Kelvin por Michel, permanecendo com Wesley e Thiago Mendes, que ainda não encontrou o futebol deixado na temporada passada, para logo a seguir tentar consertar o erro com a entrada de Wilder, que não tem a mesma qualidade de Kelvin.

É chegado o momento, após o magro 1x0 de ontem, que o tricolor faça algo que não fez em meia temporada, convencer jogando fora de casa. E não apenas convencer, marcar gols e segurar o ímpeto do time atleticano dentro de sua casa, hoje sua maior arma. Desfalques importantes surgem para o rival, com seus dois principais meio campistas suspensos e a provável ausência de Robinho, o tricolor pode ter sua tarefa facilitada, mas não nos enganemos. Teremos que lutar, e muito.

Que na próxima quarta confirmemos nossa redenção.

9 de mai. de 2016

A Famosa Quarta de Libertadores

Esperanças renovadas.

Ainda que o tricolor viva uma de suas piores, se não a pior crise política da história, estamos lá novamente, disputando mais uma decisão, um mata-mata em que temos a faca, o queijo e o morumbi, nossa casa, nas mãos.

Será mais uma quarta de enorme expectativa e tensão, mas uma quarta mágica, daquelas que o torcedor São Paulino se acostumou a ter e vivenciar. Temos grandes chances contra o Galo, apesar das dificuldades que o confronto impõe, e se o time reencontrar a pegada e o poder mental adquiridos nos confrontos contra River, tanta lá como cá, e Toluca, nossas chances sobem às alturas, tornando a classificação para a semifinal do torneio mais importante das américas algo muito próximo de se realizar.

Contudo, para uma temporada que parecia fadada ao fracasso, contando os desmandos diretivos, reclamações e picuinhas entre jogadores, estarmos nessa posição é algo já grandioso. Ter a possibilidade de uma nova classificação ultrapassa o que o torcedor tricolor esperava (ao menos eu) da atual temporada. O futebol insosso e modorrento deu lugar à alma da Libertadores, mas, para que o tombo não seja tão feio em caso de eliminação, cabe a cautela, cabe o freio na empolgação.

Vamos aproveitar o momento, saborear o que nossos rivais deixaram de lado, viver este jogo como nos acostumamos, ou seja, curtindo cada lance, pois, a partir de agora, titãs se enfrentam e o jogo se torna imprevisível.