De 1 a 11, há muito do comum. Sublinhar
nomes não se faz da noite pro dia, demanda paciência, persistência e uma dose
de compadecimento com erros e acertos de alguém que se dedica de corpo e alma a
algo.
A função é específica: defender.
Mas para a regra, temos nossa exceção. Das traves de trás às redes da frente, a
dos inimigos travestidos de adversários. O específico, nesse caso, faz admirar uma
posição ingrata, que sugere fracassos homéricos e desaponta com a frequência do
despertar.
A 26 de abril, homenageia-se não
uma nomenclatura, ou um simples número. O contemplado pela data, no caso de
quem escreve este, é algo (não alguém), raro; que perdeu; ganhou, mas,
sobretudo, se impôs sob um manto incrustado, como se dali não subsistisse uma
camisa, mas incorporasse à pele outra pele, fundindo amor e gana.
Que me desculpem os descrentes,
os incompreensivos e insensíveis torcedores dos outros, mas a alcunha de Mito
não é simples delírio. Ela carrega sobre os ombros um peso inclemente, que posiciona
as perspectivas entre o comum e o além do comum de tal maneira a não deixar
dúvidas: todos tem goleiro, só nós tivemos, temos e teremos Rogério, o goleiro
matador.