26 de abr. de 2017

Dia do goleiro

De 1 a 11, há muito do comum. Sublinhar nomes não se faz da noite pro dia, demanda paciência, persistência e uma dose de compadecimento com erros e acertos de alguém que se dedica de corpo e alma a algo.

A função é específica: defender. Mas para a regra, temos nossa exceção. Das traves de trás às redes da frente, a dos inimigos travestidos de adversários. O específico, nesse caso, faz admirar uma posição ingrata, que sugere fracassos homéricos e desaponta com a frequência do despertar.

A 26 de abril, homenageia-se não uma nomenclatura, ou um simples número. O contemplado pela data, no caso de quem escreve este, é algo (não alguém), raro; que perdeu; ganhou, mas, sobretudo, se impôs sob um manto incrustado, como se dali não subsistisse uma camisa, mas incorporasse à pele outra pele, fundindo amor e gana.


Que me desculpem os descrentes, os incompreensivos e insensíveis torcedores dos outros, mas a alcunha de Mito não é simples delírio. Ela carrega sobre os ombros um peso inclemente, que posiciona as perspectivas entre o comum e o além do comum de tal maneira a não deixar dúvidas: todos tem goleiro, só nós tivemos, temos e teremos Rogério, o goleiro matador.

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