Sitiado
por escândalos políticos e seus presidentes que absorvem o poder
para si de maneira despótica, o São Paulo pena. A numeralha
disponível a cada tropeço, cada não vitória, demonstra a faceta
da doença que corrói não tão silenciosamente as entranhas de um
dos maiores clubes das Américas.
Figuras
caricatas que se utilizam da grandeza do clube para perpetuar a
burrice e a estupidez travestidas de mandatos inesgotáveis, pontes
de amizades que se desfazem ao sabor dos ventos e a habitual soberba
determinam rumos sombrios à equipe. Torna, portanto, a discussão
treinador/jogador mesquinha e rasa.
Ao
longo de oito anos, segundo estes números que sobrevoam as redes,
treze técnicos e uma centena de jogadores coadjuvaram às custa de
paspalhos. Senhores doutores que se apossaram do NOSSO São Paulo a
fim de instituir uma monarquia inacessível, dispondo de “cardeais”
que lambem sapatos quando lhes é conveniente sempre pensando na
boquinha que o poder proporciona.
Ao
fim de dez rodadas, incorremos mais uma vez no erro de questionar
trabalhos técnicos e táticos, secundários à fuzarca institucional
catapultada pela incompetência dos Presidas. Ora, torcida tricolor
independente, não se lambuze também dessa pontinha de pseudopoder,
faça seu papel e proteste contra mandatários, não contra os
serviçais. Vá ao campo sob protesto contra os atos inconsequentes
de quem manda, de quem tem o poder nas mãos.
Ídolos
caíram, atletas sofreram, técnicos penaram, mas o centro do
problema é absurdamente inabalável, goza de proteção inexplicável
ao passo que desata em mal planejar e afundar um gigante sem qualquer
pudor e remorso. Devolvam o São Paulo aos são paulinos e abandonem
o poder, a comunidade agradece!