16 de jun. de 2017

Não renove, Lugano

No plano das ideias, sempre que o Blog se propõe a escrever, pensa primeiro na estética, em como se utilizar das palavras para expressar sua visão de mundo. Essa visão tem como principal matiz ser distinta. A distinção não é mera liberalidade, é obrigatoriedade, haja vista que na primeira letra sobreposta ao papel, já se torna diferente de tudo o que qualquer outra pessoa pudesse imaginar.

Distinta, pois, é a ideia que temos sobre ídolos; sobre o papel das pessoas em nosso cotidiano; sobre o que representa o outro para si e para a coletividade. Caracterizar bom ou ruim, bem e mal, útil ou inútil, passa não simplesmente por essa dicotomia simples, que subjuga qualquer tipo de debate ou análise. Tem a ver com um caminho sinuoso, que pode (e não exatamente deve, depende de sua disposição) ser muito mais aprofundado, dissecado à medida de nossas perspectivas.

O curioso caso da renovação de Lugano traz à tona esta questão que não se move ao longo dos tempos. Não analisar o contexto, se ater ao simples fato de ser ou não ser, permeia a discussão sem de fato refletir sobre o peso que uma simples presença, seja ela proveitosa tecnicamente ou não, diferencia um ambiente dos mais obtusos para o mais íntegro.

A inércia de nossos comandantes, bem como a tácita aceitação do ídolo faz com que o Blog peça encarecidamente: Não renove, Lugano. Não se preste a este papel, termine de forjar teu nome nesta história longeva e gloriosa de forma a manter uma postura que sempre demonstrou: Distinta.

Confesso que a falta de participações e ausência em partidas estratégicas e importantes me frustraram a ponto de me imaginar na cabeça de um ídolo, pronto, disponível; e tentar sondar qual a sua motivação, o que ainda lhe move, mesmo que subaproveitado, sem a devida atenção. É claro que tudo sempre girou em torno de uma conclusão, que se baseia na distinção concedida a quem é amado por quem realmente se preocupa com as linhas sinuosas de toda uma história, e não com a simples expectativa de se mostrar capaz ou incapaz de participar.


Não renove, Lugano. Seja ainda mais ídolo.

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