O torcedor brasileiro é volátil. Não sabe se ri, se chora;
se elogia, se critica... Sempre anda de mãos dadas com o imponderável, buscando
e dando explicações muitas vezes desconexas, claramente movidas por um
sentimento intrínseco à personalidade de um doido varrido pelo esporte mais
popular do Brasil.
O caso Maicon é simbólico: com status de possível ídolo, vem
sofrendo na mão dos doentes. Colocado em pedestal ante a sua compra, hoje vive do
lado oposto da balança. Havia caído no limbo após a eliminação na TL do ano
passado, não virou ídolo nem foi execrado (note-se que se fosse um jogador
comum, a paciência da torcida teria se esgotado ali mesmo). Hoje corre um sério
risco de entrar para o seleto hall de perseguidos pela nossa torcida, hall esse
que conta com personagens importantes do nosso futebol, vide Kaká.
Longe de mim querer fazer o advogado do diabo, mas
convenhamos, encontrar um “Maicon” hoje em dia é tarefa das mais complicadas. Jogador
de boa qualidade e espírito de competição aguçado, forma uma dupla de zaga
interessante com R. Caio, de fazer inveja
aos rivais país a fora. Rogério deve falar, não é possível que erros dessa
natureza, como o de sábado, comprometam todo um trabalho que vem sendo feito e
que pode surtir um bom efeito num futuro não tão distante, mas deve-se enxergar
além, utilizar o exemplo de forma positiva. Cobrar sem desgastar, afinal, de
Xandões e Lucões já estamos fartos, mas botar Maicon em labaredas não parece
das decisões mais sensatas.
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