30 de jul. de 2017

Foi épico

No Rio o sábado não foi dos 40, foi da garoa. A épica partida disputada no último sábado entre Botafogo e São Paulo brindou os malucos com algo raro, que entra para história e faz a esperança do torcedor tricolor ressurgir, como fogo em brasa.

À primeira análise, a empolgação se torna um perigo, mas quem se importa? Que jogo, que vitória! Amparado pela profecia, o time se reergueu dentro de uma batalha perdida, onde a derrota era prato feito com esmero e requintes de crueldade, com direito a pênalti perdido e mais uma série de ingredientes presentes ao desespero.

Seis minutos separaram o abismo entre a melancolia e o êxtase. Gol após gol, um conto quase poético foi escrito na capital carioca, mobilizando a galera presente ao Niltão, bem como os milhões de torcedores espalhados por aí com olhos pregados à tela da TV; do gol de cabeça que marcou o empate e o retorno de nossa principal aposta na temporada ao último gol, nos últimos minutos de um estreante inusitado, tudo foi belo.

Poder dizer "eu vi esse jogo" é privilégio, não acontece todo dia. O resgate que este símbolo representa é algo que não se encontra na esquina de casa, não é vendido nas bancas da feira ou no supermercado aí do lado da sua casa. Carrega um material precioso, que alimenta o coração do torcedor.

Quem viu, viu. Quem não viu, ouça as histórias, saboreie o que quem presenciou tem a contar, pois algo grande aconteceu em 29/07/17; o futebol respirou e exalou sua essência de festa pagã, das que são realmente boas; o São Paulo me iludiu (ressurgiu)
como nos bons e velhos tempos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário