Iemanjá é a rainha dos mares,
tida como mãe de quase todos os orixás, presente à cultura baiana e famosa por
apadrinhar pescadores, moradores e visitantes que se habilitam a pedir sua
benção quando de passagem por São Salvador da Bahia de Todos os Santos. Passagem
que causou estragos ao tricolor, que não coube nos braços dessa célebre figura.
Dos pedidos e orações soprados
desde São Paulo até a capital baiana, de nada adiantou gastar a prosa africana
que abençoa o povo de lá. Derrota após derrota, o tempo passa, a maré sobe e a
água, abençoada pela majestade dos oceanos, vai sufocando.
A Bahia presenciou mais um
capítulo desse drama que, parece, perdurará por todo o campeonato. O returno
chega e traz a angústia de quem frequenta o abismo de forma ameaçadora com uma
assiduidade assustadora, como quem brinca com fogo e dá de ombros.
As estrelas dessa nau precisam se
impor, reviver e jogar a bola que até agora não jogaram. Um quarteto ofensivo
que, no papel, impõe respeito a qualquer adversário que tenha o mínimo de
cuidado, tem se esforçado a se esconder, a fugir da batalha.
Que Dorival tenha peito e ideias
para reinventar e sobreviver; a fuga do naufrágio iminente passa por esse cabo
da boa esperança, e que deuses e deusas, do mar e da terra, caminhem juntos
para salvar o que parece fadado à queda...
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