7 de ago. de 2017

São Paulo de todos os santos

Iemanjá é a rainha dos mares, tida como mãe de quase todos os orixás, presente à cultura baiana e famosa por apadrinhar pescadores, moradores e visitantes que se habilitam a pedir sua benção quando de passagem por São Salvador da Bahia de Todos os Santos. Passagem que causou estragos ao tricolor, que não coube nos braços dessa célebre figura.

Dos pedidos e orações soprados desde São Paulo até a capital baiana, de nada adiantou gastar a prosa africana que abençoa o povo de lá. Derrota após derrota, o tempo passa, a maré sobe e a água, abençoada pela majestade dos oceanos, vai sufocando.

A Bahia presenciou mais um capítulo desse drama que, parece, perdurará por todo o campeonato. O returno chega e traz a angústia de quem frequenta o abismo de forma ameaçadora com uma assiduidade assustadora, como quem brinca com fogo e dá de ombros.

As estrelas dessa nau precisam se impor, reviver e jogar a bola que até agora não jogaram. Um quarteto ofensivo que, no papel, impõe respeito a qualquer adversário que tenha o mínimo de cuidado, tem se esforçado a se esconder, a fugir da batalha.

Que Dorival tenha peito e ideias para reinventar e sobreviver; a fuga do naufrágio iminente passa por esse cabo da boa esperança, e que deuses e deusas, do mar e da terra, caminhem juntos para salvar o que parece fadado à queda...

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