25 de jul. de 2016

Cérebro

Quem nunca passou por um momento de crise criativa, bloqueio intelectual ou falta de dinamismo (eu mesmo recorri ao google nesse momento pra procurar sinônimos...)?

O seu time, caso não seja são paulino, com certeza já provou desse veneno amargo, e o torcedor tricolor sofre deste mal nesse exato momento. Mal que aflige a companhia comandada pelo quase selecionável Edgardo. Perdeu seu principal articulador, a cabeça pensante, ou seja, o criativo, o toque que disparata a mesmice para milhas de distância. Ganso faz falta.

Como já disse o poeta/filósofo/provável torcedor de algum time que praticou esporte que se aproxime de futebol nos longínquos tempos da idade média, “quem não procura, não acha”, e a nossa diretoria não procurou, logo, não achou. Estamos acéfalos, um bando de atletas performáticos, anabolizados pelos suplementos mais modernos, mas sem rumo, como as baratas do fim do mundo, vivas mas sem direção, se enfiando em buracos inimagináveis, trombando entre si e não produzindo absolutamente nada.

Noves fora a comparação um tanto quanto excêntrica, o resumo da ópera é esclarecedor: precisamos de um novo camisa dez. Não necessitamos de mais um polivalente, um esforçado, um falso nove ou falso jogador. A diretoria precisa se esforçar como nunca para colocar a mística deste número de volta à ativa, Raí já passou por esses lados, Ganso foi o último, qual o próximo?

A última partida foi um ato sofrível dentro do descortinado teatro do futebol, o famoso toco e me voy (a la Galvão Bueno) deu lugar ao “toco e lo que díos quiera” nada sedutor, que não traz qualquer boa sensação que nosso esporte/time pode proporcionar aos nossos olhos nem tão exigentes assim.

Que este momento de crise, a crise das ideias, seja breve, que nossos dirigentes se cossem e entendam que a arte faz parte do futebol e, sem um camisa dez que imponha respeito, não há arte, há guerra. E essa guerra não ganharemos.


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