Quem nunca passou
por um momento de crise criativa, bloqueio intelectual ou falta de
dinamismo (eu mesmo recorri ao google nesse momento pra procurar
sinônimos...)?
O seu time, caso não
seja são paulino, com certeza já provou desse veneno amargo, e o torcedor tricolor sofre deste mal nesse exato momento. Mal que aflige
a companhia comandada pelo quase selecionável Edgardo. Perdeu seu
principal articulador, a cabeça pensante, ou seja, o criativo, o
toque que disparata a mesmice para milhas de distância. Ganso faz
falta.
Como já disse o
poeta/filósofo/provável torcedor de algum time que praticou esporte
que se aproxime de futebol nos longínquos tempos da idade média,
“quem não procura, não acha”, e a nossa diretoria não
procurou, logo, não achou. Estamos acéfalos, um bando de atletas
performáticos, anabolizados pelos suplementos mais modernos, mas sem
rumo, como as baratas do fim do mundo, vivas mas sem direção, se
enfiando em buracos inimagináveis, trombando entre si e não
produzindo absolutamente nada.
Noves fora a
comparação um tanto quanto excêntrica, o resumo da ópera é
esclarecedor: precisamos de um novo camisa dez. Não necessitamos de
mais um polivalente, um esforçado, um falso nove ou falso jogador. A
diretoria precisa se esforçar como nunca para colocar a mística
deste número de volta à ativa, Raí já passou por esses lados,
Ganso foi o último, qual o próximo?
A última partida
foi um ato sofrível dentro do descortinado teatro do futebol, o
famoso toco e me voy (a la Galvão Bueno) deu lugar ao “toco e lo
que díos quiera” nada sedutor, que não traz qualquer boa sensação que nosso esporte/time pode proporcionar aos nossos olhos nem tão exigentes
assim.
Que este momento de
crise, a crise das ideias, seja breve, que nossos dirigentes se
cossem e entendam que a arte faz parte do futebol e, sem um camisa
dez que imponha respeito, não há arte, há guerra. E essa guerra
não ganharemos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário