Há
quem diga que a história poderia ser diferente. Há quem diga,
também, não sem efeito, que o desfecho seria o mesmo sem os erros,
eliminação e frustração, fim do ópio que contagia e contamina o
torcedor.
A
TL terminou para o Tricolor, mas não sai da cabeça assim tão
fácil, como num porre que tomamos e logo a esquecemos restando a dor
nos córneos típica dos bons beberrões. Fica o alento da luta dos
bravos, não se renderam, mesmo com a limitação de um pobretão que
sai à luta na gélida noite glamourosa de Paris ou Milão.
Buscamos
sentar à mesa dos endinheirados mesmo sabendo dos nossos consignados
e conta bancária negativa. Ousamos debater Sócrates ou Platão
tendo aprendido apenas a filosofia barata do Botequim. Fomos altivos.
Mesmo
que as condições fossem desfavoráveis, o momento inoportuno e a
situação imprópria, chegamos longe. Ultrapassamos a fronteira do
imponderável, do improvável e, evidentemente, caímos, mas caímos,
no jargão mais popular de botequim, o do seu zé, ali na esquina, de
pé.
Nos
lambusamos enquanto pudemos do caviar e do pró-seco, mesmo sem ser
convidados, mesmo com os trapos deixados pelo último senhorio, mas
sempre portando a elegância de outrora, elegância que traz
respeito, e que nos trouxe até aqui, até o momento derradeiro desta
coluna, até o fechar das cortinas do espetáculo superestimado (quem
sou eu pra subestimá-lo) chamado Taça Libertadores da América,
sonho de consumo que ficará pra uma próxima.
Que
nos remontemos e mostremos a nossa capacidade de estar entre os bons
de fato, com o devido convite pro baile de gala e o traje adequado.
No mais, foi ótimo participar da festa sem ser convidado e brilhar.
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