11 de set. de 2017

Aquele abraço!

"E cada qual no seu canto/Em cada canto uma dor...". Mestre Chico, sábio, trata bem das nossas dores e para cada canto, cada esquina, cada são paulino, uma visão. Falar mal, falar bem, mal falar; cada um escolhe o seu. Contudo, em qualquer uma das hipóteses, temos que admitir, não é fácil.

Pra quem é de um bom bar, aparecer por essas bandas é dolorido, o balcão nem é mais tão amigo assim; o garçom não serve pra afogar as mágoas; os amigos ~que amigos?~ são encosto que não se vê a hora de desaparecer, mas só até a próxima vitória.

Se o sofredor é caseiro, a internet não perdoa. A memificação da fase é pura tortura, apesar de engraçada. A cada lance, cada bola contra na rede, pululam imagens que remetem à essa história. Ademais, quem nunca passou por isso?

Até o não fanático sofre, o torcedor de ocasião, daqueles que só servem pra gritar é campeão, o famoso "eles ganham milhões...", se pega ali, no olho do furacão e nem sabe o motivo, não conhece do um ao onze. Sofredor por tabela e pela tabela.

Já jogador torcedor sente muito a má fase, sofre como nós, se irrita como nós, luta como nós dentro de seus limites. D. Lugano é um exemplo do torcedor/sofredor/jogador, não necessariamente nessa ordem, mas que amarga e engole de viés as derrotas, como quem machuca a própria alma.

Por fim, e não menos importante, o jogador ladrão, que finge (as vezes nem tanto) que joga, finge que se importa. Engana a si, mas com a grana no bolso e não engana o torcedor. Corre pra não chegar; se esconde à sombra; espera o tempo passar. Parafraseando um grande cara, o Amigão: Cueva, aquele abraço! 

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