Pra lhes dizer o óbvio, passo a
bola. Claro que o que houve no jogo de ontem contra Denfensa Y Justicia foi
lamentável, mas não trato de perseguições ou imediatismos baratos, que
alimentam o lado vazio do esporte.
Em primeira análise, Rogério traz
do campo alguns pontos que precisam ser revistos. A teimosia, que permeia o
mundo de todo treinador, tem raiz forte às costas do nosso. A vida de goleiro,
que durante mais de vinte anos foi posta diariamente à prova, deve servir de
norte para identificar valores que devem ou não ser utilizados em jogos dessa
importância.
A partir disso, já meados de
Maio, é possível identificar jogadores que não se pode contar no sentido
técnico da coisa. Sem caça as bruxas, mas com a devida reflexão, Neílton não
foi a melhor escolha, não reúne os requisitos necessários para bancar a
titularidade de uma equipe como o São Paulo. João Schmidt, com a cabeça na bota
europeia, passa longe de ter algo parecido com o comprometimento que é
necessário. Lucão, por sua vez, precisa respirar fora do CCT da Barra Funda, por
mais que todos que o conheçam, digam que tem futuro, o peso de seus erros
parece ter tamanha influência sobre seu
jogo, que vem causando problemas ao setor defensivo da equipe.
Ademais, o Brasileiro se tornou o
campeonato uno da temporada e a diretoria tem a necessidade de se movimentar,
afinal, percebeu-se nesse primeiro tempo do trabalho que o elenco é enxuto e
limitado. Correr atrás de peças pontuais faz-se necessário para que o trabalho
evolua.
Ainda sim, mesmo com o revés,
sofrido, dolorido, o trabalho deve ser mantido. O plano segue, com a seriedade
dos que tocam esse barco. O tempo é necessário para ajustes, bem como a mão de
obra que deve desembarcar pelos lados do Morumbi. Tenhamos paciência, ainda
mais, mas trabalho com resultado não se conquista do dia pra noite.
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