Rogério
precisava vencer. Além do fato de ter essa sede no sangue, o clima
se tornara denso, com gente estranha numa festa esquisita, ensaiando
em praça pública o ato da degola, seria (ou será) precoce, e uma
pena.
O
time, é claro, sofre; evoluiu pouco, mas ganhou. Era o que precisava
fazer, ter um alento nesse início, respirar por uma semana sem o
peso de não ter vencido e se preparar para seu seu primeiro clássico
no torneio de forma mais serena. De um primeiro tempo razoável para
um segundo um tanto quanto sofrido, a equipe mostrou que precisa mais
do que nunca deste momento para realizar ajustes.
Além
dos ajustes, sinto falta de algo, ou alguém. Pratto luta muito, mas
não recebe com gosto a bola do gol; Cueva não se recuperou da
última lesão, sofre à falta de ritmo e o time sente; Cícero
melhorou, mas tenho a impressão de que sua inconstância fará da
equipe refém de sua boa vontade; Jucieli, que contratação, travou
a entrada da defesa de forma brilhante, talvez o único momento da
temporada em que se possa utilizar tal adjetivo, “brilhante”!
É
compreensível que a semente da euforia seja plantada num momento
difícil como esse, mas o torcedor tricolor há de se proteger contra
a frustração; sábado tem clássico, o rival vem com mais opções
e o jogo é duro. O Morumbi é peça chave pro sucesso neste choque,
mas vai precisar estar cheio, como nos melhores momentos, para que a
energia que sai das arquibancadas de força ao time e empurre na
busca pela vitória.
Rodada
vai, rodada vem, a tendência é essa: sofrimento. Mas que mal há em se sentir aliviado e comemorar uma vitória que não vinha há
tempos?
Desafoga,
São Paulo!
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