Quando
teu time vai mal, o muro que retrata a vida se acinzenta, como os de
sampa. As discussões são inoportunas, os debates se tornam
arrastados e a segunda-feira fica ainda mais indigesta. A gente tenta
não pensar, abre nova aba, procura a programação cultural, olha os
resultados dos outros campeonatos, se intromete à vida alheia pelas
redes... Quando teu time vai mal, o ídolo não é mais, o bom deixou
de ser, o promissor passou. A festa perdeu a graça, a música
desligou e o sol já raiou, cinza.
A
vida do torcedor é ingrata, traz extremos diametralmente opostos,
que se traduzem em amor e ódio, cada um do seu lado do corner e
sempre ali, a postos para colorir ou não o dia do sofredor.
Quem
é são paulino, hoje, agoniza à dor do cinza, o extremo ruim da
situação, tem a angústia da falta, é oprimido pelos mau caminhar
de seus apadrinhados. Torcer para o São Paulo não está sendo uma
grande moleza, ó caro. Uma dose de ânimo, por favor!
Falta
verba, falta coragem, falta carinho com o time. Tenho a impressão de
que a cada partida, as coisa retrocedem, pois a ideia proposta não
se sustenta, os caras se amedrontam e o jogo não flui. Isso assusta,
traz fantasmas e faz as coisas parecerem nada resolvíveis, oxalá se
resolvam.
A
próxima rodada parece ser a ideal para o plot twist dessa trama. O
Morumbi de palco, um adversário mediano (não que isso tenha sido
relevante no últimos tempos, mas...), o mote ideal para a
recuperação, oremos.
Como
todo bom sofredor, ainda acredito que as coisas possam melhorar, o
princípio de teimosia pode ceder e dar lugar a algo melhor e maior,
e como todo bom sofredor, claro, to com minha segunda- feira chata,
sem gostos, cinza.
desidealizem um jogador que não é treinador ainda que as coisas começam a ter mais sentido
ResponderExcluirDe tempo ao tempo
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