Ficar pela parte de baixo da tabela não tem lá seu charme. As últimas
posições são um incomodo que atrapalha o sono do justo e do injusto, faz o
cinza mais cinza e dificulta o caminhar.
Ao término da vigésima sexta rodada, o fantasma voltou ao armário; está
ali, como quem espera e espreita, mas não reúne forças para abrir a porta. A
vitória magra sobre o Sport trouxe ao torcedor uma sensação que há muito não
sentia, alívio. Do salto à décima quarta colocação, um suspiro de quem se via
preso às próprias correntes e se debatia sem a devida coordenação para se
salvar.
Reinventamos um goleiro, que decidiu ser relevante no momento mais oportuno
dessa caminhada; garimpamos um não lateral para suprir a ausência de talento
dos nossos donos da ala direita; redescobrimos um monstro do meio campo, que vê
no Profeta um sopro de beleza nesse universo regido pelo caos.
Do conjunto de fatores que suspenderam o time do z4, o principal é, sem
a menor sombra de dúvidas, nossa torcida. E que torcida é essa, meu irmão!
Digna de aplausos, confetes e exaltação. Mais de 43 mil pessoas empurraram a
equipe, velando a crise adversária.
Dez dias de sossego, mas que não desliga o sinal vermelho pelos lados da
Morumbi. Mais algumas vitórias são necessárias para um recomeço, e a equipe
precisa demonstrar maturidade, não necessariamente tê-la; e que venha o Galo e
a alforria.
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