“Tabelou, driblou dois zagueiros; Deu um toque driblou o goleiro; Só não entrou
com bola e tudo; Porque teve humildade em gol...”
Definitivamente esse clássico do genial Jorge Ben não foi
feito para Gilberto. O artilheiro do cangaço não tem características lúdicas,
não tem como meta o gol de placa, mas tem claro um objetivo: o gol!
A surpresa causada nesse início de temporada é absolutamente
positiva. A entrega, a participação e principalmente os gols, tornam esse homem um
belíssimo reserva do tão badalado e nem tão efetivo assim nesse início, Lucas
Pratto.
Claro, devagar com andor, mas já podemos nos dar ao luxo de
elogiá-lo sem medo de ser feliz. Não tem a idade diminuta para oscilar e tão
pouco para evoluir de forma meteórica, a fim de provocar disputas intensas pelos
clubes mais poderosos (dinheiro) do mundo. Logo, tem-se que é constante, marca
seus gols, faz sucesso na internet e tem angariado uma boa quantidade de
simpatizantes.
Ontem, contra o Botafogo, deixou novamente sua marca, sua
assinatura. Balançou o barbante com uma cabeçada certeira, daquelas que o
atacante “cabeceia de olho aberto”, por mais improvável que possa ser
determinar que isso realmente ocorra. Mas o bordão não deixa dúvidas, cabecear
de olho aberto significa o prazer de fazer gol, a intuição e o faro pra tal.
Que saibamos, pois, valorizar esse momento e esse cara. Que
ele possa entender sua utilidade, a utilidade de um coadjuvante e que isso nem
sempre é ruim, mas que continue, principalmente, a deixar seus tentos e sua
contribuição, ela é e sempre será bem vinda.
Domingo tem clássico, que Golberto (ou Gibagol) esteja
inspirado e pronto pro ataque, deixe mais um e caia nas graças da galera.
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