Sábado de clássico não é usual,
ao contrário, beira a insanidade. Acordar no domingo, aquele almoço quase antes
do meio dia com a família, a primeira cerveja, o ritual místico que envolve
travestir um manto e empunhar a bandeira... Onde foi parar tudo isso?
FPF e Ministério Público não
fazem a menor questão de levar em conta um fator preponderante, que impulsiona
o espetáculo: o torcedor. Além de limitar de forma arbitrária a participação do
fanático em sua segunda casa, determina datas esdrúxulas para os confrontos
mais aguardados de um campeonato que vive à míngua e mendiga um público já
cansado dessa modorrenta combinação. Ao que parece, o que nos resta é o
contentamento, ou falta dele; a resignação, já que o poder está nas mãos de
quem, claramente, não entende dessa paixão.
Já o confronto em si, teria tudo
para ser grandioso, mas o rival tem confronto pela TL no meio da semana, e pode
poupar parte de seus principais atletas. Já Rogério vê nos clássicos a
possibilidade de dar confiança e maturidade à equipe, afinal, a vitória coloca
o tricolor em águas brandas, com grandes perspectivas ao longo da temporada. A
derrota não será o fim do mundo, mas cria um freio na vertiginosa subida do
time.
Já que o que não tem remédio, remediado está,
nos adaptemos a esta não tão nova realidade de desmandos e insensatez e vamos
aproveitar o que um bom clássico pode proporcionar. Mesmo que aconteça no não
propício sábado de futebol.
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