O carnaval acabou; os blocos
passaram; os amores da época fizeram jus à tradição e também se fizeram presentes, mas uma coisa
não mudou: a dualidade de sentimentos durante um jogo do São Paulo.
Se a euforia toma conta durante o
período em que o time detém a posse da bola, já que se torna uma bela arma de
ataque, insinuante e objetiva, por outro lado, quando é contra golpeado, deus
nos acuda; uma sensação de pavor toma conta, já que é provável que vá tomar um
gol.
Rogério poupa o pessoal que
segura a onda lá atrás, pois tem convicção nas ideias ofensivas proposta aos
jogadores. Contudo, precisa ficar atento, essa roleta russa é emocionante, mas
pode custar caro. No balanço das ondas, precisa achar o tão batido equilíbrio,
dando força ao ataque, como já o faz, mas trazer regularidade à defesa.
Não podemos criticar por
criticar, a quanto tempo não temos algo tão envolvente como nosso ataque, com
Cueva marcando o compasso; Pratto na linha de frente dando o ar da graça; até
Thiago Mendes, que considero o ponto fora da curva nesse meio campo (negativo) vem
participando dessa ciranda carnavalesca que se tornou o ataque tricolor.
Não nos contentemos com o
medíocre, esse é o lema de nosso capitão/técnico, ousar é preciso e o
sofrimento angustiante do toma lá da cá faz parte do processo, mas que não se
feche os olhos para tal “problema”, afinal, não podemos ficar à deriva,
contando com um carnavalesco setor ofensivo e, sendo o contra ponto, a quarta
feira de cinzas que a defesa vem se mostrando.
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