A
maldição do futebol está no resultado. Maldito é o doente que se coça no sofá e brada impropérios tais que fazem
parecer que o fim dos dias está próximo. Não, ele não está.
O
torcedor, o doente tricolor, sofre nos últimos anos da síndrome do rival à
frente, síndrome essa que consiste numa série de casuísticas que se relacionam
com o insucesso do clube nos últimos anos, bem como o sucesso dos rivais nesse
mesmo período.
Colocar
o carro na frente dos bois parece ser a premissa nesse momento. Uma derrota
doída num clássico até certo ponto parelho, pode botar um trabalho digno e
coerente à margem do comum, beirando o usual, que habita os quatro cantos de
nosso planeta bola. Não há de ser o caso.
Rogério
vem mostrando um repertório interessante de ideias, mas tem um ponto de
desequilíbrio a favor de seu último rival. O time das perdizes tem estacionado
à sua garagem um caminhão baú entupido de dinheiro, capaz de seduzir e comprar
o que há de mais caro, a última moda. Impossível, nesse momento, competição
justa. Resta o trabalho e a persistência na ideia, a ideia do futebol rápido,
envolvente e competitivo.
As
falhas acontecem, limitações pontuais evidentemente estão presentes, mas é o
que dispomos e com isso precisamos evoluir. Culpar Denis, Bufa, ou quem quer
que seja não traz amenidades, cria um problema que o São Paulo não tem condição
financeira de resolver.
Cabe
a nós, doentes, a missão de preservar o que temos, abraçarmos a ideia e botar
fé no comandante. Caso contrário, a vala comum é logo ali, mais um ano vai se
passar e os rivais celebrarão às nossas custas. Se depender desse doente, isso não
vai rolar.
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