13 de mar. de 2017

Perdemos, mas e daí?

A maldição do futebol está no resultado. Maldito é o doente que se coça  no sofá e brada impropérios tais que fazem parecer que o fim dos dias está próximo. Não, ele não está.

O torcedor, o doente tricolor, sofre nos últimos anos da síndrome do rival à frente, síndrome essa que consiste numa série de casuísticas que se relacionam com o insucesso do clube nos últimos anos, bem como o sucesso dos rivais nesse mesmo período.

Colocar o carro na frente dos bois parece ser a premissa nesse momento. Uma derrota doída num clássico até certo ponto parelho, pode botar um trabalho digno e coerente à margem do comum, beirando o usual, que habita os quatro cantos de nosso planeta bola. Não há de ser o caso.

Rogério vem mostrando um repertório interessante de ideias, mas tem um ponto de desequilíbrio a favor de seu último rival. O time das perdizes tem estacionado à sua garagem um caminhão baú entupido de dinheiro, capaz de seduzir e comprar o que há de mais caro, a última moda. Impossível, nesse momento, competição justa. Resta o trabalho e a persistência na ideia, a ideia do futebol rápido, envolvente e competitivo.

As falhas acontecem, limitações pontuais evidentemente estão presentes, mas é o que dispomos e com isso precisamos evoluir. Culpar Denis, Bufa, ou quem quer que seja não traz amenidades, cria um problema que o São Paulo não tem condição financeira de resolver.

Cabe a nós, doentes, a missão de preservar o que temos, abraçarmos a ideia e botar fé no comandante. Caso contrário, a vala comum é logo ali, mais um ano vai se passar e os rivais celebrarão às nossas custas. Se depender desse doente, isso não vai rolar.

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